segunda-feira, 18 de agosto de 2014

Novidades fresquinhas

Nos últimos tempos, apesar de ainda assim a atividade ser muito pouca, tenho atualizado o estado do restauro da 4Latinhas no facebook (www.facebook.com/4latinhas). Contudo, hoje não resisti em vir ao blog fazer-vos um ponto de situação.

Tal como publiquei no facebook da 4Latinhas:
É com muito orgulho que um ano e dois meses depois, vos mostro uma imagem destas.Apesar da minha ausência, e das muito poucas horas que posso dedicar à 4Latinhas, nos últimos fins de semana tenho estado mais ativo e consegui finalmente ter o chassis completamente pronto. É mesmo um orgulho enorme ver a primeira de MUITAS partes prontas.


domingo, 23 de fevereiro de 2014

Dúvida acerca da numeração do chassis

Durante esta semana surgiu uma dúvida crítica acerca da genuinidade do chassis da RT. Isto porque enquanto aguardava o processo de eletrólise (descrito no post anterior) lembrei-me de confirmar se o número gravado no chassis realmente corresponde com o que consta no documento único da RT.
Não, não corresponde, até porque não há nenhum número gravado no local onde deveria estar gravado o número do chassis - na travessa que fica mesmo por baixo do banco da frente, à direita, entre o lugar do passageiro e a porta. Nada... Não existe sequer um vestígio. Para meu descanso, as chapa que consta na carroceria, aparenta ser original e corresponde ao número do documento único.
Escova de aço na mão e vamos lá retirar a tinta toda desta travessa e das zonas circundantes em busca de "provas do crime". Nada, nem uma marca. Tenho a certeza que nunca ali houve nenhum número, logo o chassis também não pode ser de outro carro.
Existe apenas a meio da travessa (um local não habitual para este tipo de coisas) uma gravação de um número que não segue um padrão de numeração de chassis. Provavelmente alguma referência do chassis, mas não o número.
Comecei a ficar realmente preocupado com a situação, pois começa a verificar-se a existência de uma ilegalidade perante o IMT e isso não é bom. Pode fazer com o que numa inspeção periódica o carro fique apreendido. Não é de todo a minha vontade!
Por outro lado, outra coisa que me tranquiliza é o facto da RT ter tido inspeções periódicas até 2003 (ou 2001) e nunca houve qualquer problema com esta situação.
Por via das dúvidas quero esclarecer esta situação e ter a certeza do que tenho na garagem e onde estou e estarei literalmente a depositar as minhas economias.
Comecei então a pensar como iria descobrir "toda a verdade"... 

PLIMMMM, já sei...

A esposa do único dono que a RT teve oficialmente antes de mim, é uma boa fonte de informação e poderá lembrar-se de alguma coisa.
Verdade! 100% verdade!
Hoje pela manhã, bem cedinho, parti de novo ao encontro da senhora. Lá estava ela em casa, já com a fotografia que me tinha prometido da primeira e única vez que me tinha encontrado com ela (descrito também num post lá para trás).
Confirma-se, a RT levou um chassis novo, provavelmente na década de 90, e que esse chassis (o atual) não foi remarcado - é o nome que o IMT dá ao processo de "carimbar" o chassis com uma espécie de punções diretamente no metal. Ufa, fico descansado, pois é uma operação remediável ainda. Digo isto pois esta semana, entrei em contacto com a Renault Portugal que me indicou qual o processo a tomar e que o mesmo terá um custo de 50€ (nada mau).

Assunto resolvido, ou melhor, com resolução certa no momento em que a RT estiver pronta para as curvas.

Entretanto deixo-vos a foto prometida, que chegou diretamente de França, enviada pela filha da senhora (penso que vai passar a ser leitora assídua deste blog), que realmente comprova que a RT estava lá nos anos 70, com a mesma cor que ainda hoje tem e que pretendo manter. 

Nota: Por respeito à família, desfoquei os rostos das pessoas que estão na foto.


sexta-feira, 21 de fevereiro de 2014

Eletrólise (teste)

Esta semana deixo-vos um registo duplamente original! :)

Testei o processo de eletrólise com algumas peças da RT... Filmei o processo!


O que acham?

domingo, 2 de fevereiro de 2014

Estado da "arte"

Este é o estado da "arte" atualmente!
A aguardar um chapeiro a qualquer momento para começar pelo chassi...













Descoberta por baixo do banco da frente!

Estes dias ao arrumar o material da RT descobri esta pérola debaixo do banco da frente!

10/4/1971




Decapagem e Metalização da Carroçaria

Três meses depois do último post, finalmente a vida profissional acalmou um pouco e volto a ter tempo de atualizar o blog :)

O facto de não ter havido posts não significa que a RT não tivesse evoluído. Pouco mas evoluiu.
Em Dezembro de 2013, e depois de ter obtido várias opiniões contra, decidi enviar a carroçaria para o jato de areia e metalização.
Confesso que tive algum receio que me ligassem a qualquer momento da fábrica a pedirem-me para ir levantar uns restos mortais da RT, mas no final de contas correu tudo bem :)

Foi possível passar o jato de areia em toda a área com exceção do teto que segundo eles iria ficar com mossas. 

Aqui ficam algumas fotos tiradas mesmo no final do jato de areia ainda antes da metalização:





segunda-feira, 21 de outubro de 2013

História da RT

Ontem de manhã (Domingo) decidi fazer aquilo que há muito tempo queria fazer. Levantar-me cedo a um Domingo :) Como levantar cedo ao Domingo é um acontecimento de extrema raridade, só podia ser por um motivo muito forte. E sim, era realmente muito forte.
Parti para a estrada na descoberta da história da minha RT. A única pista que tinha para encontrar o tesouro era o livrete original do carro, que continha o nome e morada do seu primeiro e único dono oficial. Pelo que tinha descoberto previamente, o senhor já teria falecido há bastante tempo (o carro é de 1971). Chegado a Vilar do Paraíso, procurei então a rua e número de porta que constam no livrete. A casa ainda existe, o que me deixa por momentos com uma grande esperança de descobrir toda a verdade :) Toco à campainha uma, duas, três vezes, até que surge uma mão de alguém já idoso por dentro de uma janela virada para a rua. Não consigo perceber se era uma senhora ou um senhor. Percebo apenas que a pessoa fica com medo do desconhecido e ignora-me. Bem, já que a casa existe e já que mora cá alguém, não vou desistir agora. Volto a tocar à campainha mais umas quantas vezes, até que percebo que efetivamente ninguém vai falar comigo. Na rua existem mais casas, pelo que decido tentar abordar algum vizinho na tentativa de perceber quem mora naquela casa. A primeira tentativa é a casa imediatamente ao lado, na qual também não tive sucesso. Vamos à próxima então... Duas casas ao lado, e com os cães a ladrar de uma forma ensurdecedora, depois de duas tentativas no botão da campainha, eis que surge uma senhora com alguma idade ao fundo. Abordo a senhora explico quem sou, o que estava ali a fazer e peço-lhe encarecidamente que tente falar com a sua vizinha (duas casas acima na rua) e que lhe explique a situação. A senhora confirma-me que realmente a RT teria sido inclina daquela casa, que o seu dono já teria falecido e que quem lá mora agora é a viúva dele. O meu primeiro objetivo estava então cumprido. Sabia que pelo menos uma foto do local onde a RT dormiu toda (ou quase) a sua vida eu conseguia. Entretanto a senhora amavelmente faz uma chamada à sua vizinha e convence-a de que eu sou sério e que apenas pretendo obter informações sobre a história da RT. E assim foi, voltei à casa da RT, a senhora já esperava por mim ao portão. Um senhora idosa, com perto de 80 anos, debilitada fisicamente, que se fazia acompanhar do telefone (não fosse eu surpreende-la a qualquer momento). Ao mesmo tempo que se mostrava apreensiva e desconfiada com toda a minha curiosidade em colocar-lhe a minha lista de perguntas, os seus olhos brilhavam de alegria por saber que eu sou o atual dono do carro que a levou a muitas terras durante os muitos e longos anos da sua vida. Não me alongando muito na transcrição da conversa que tive com esta senhora adorável, eis o resultado da entrevista:
O carro foi comprado em 1971 e ficou para uso de uma empresa da qual o seu marido era sócio. O veículo ficou para uso do próprio até 1979 ao serviço da empresa. Neste ano a empresa decide vender a RT e pelos vistos havia vários interessados. O marido, como utilizador do veículo teve preferência de opção e acabou por comprar.
Segundo a senhora, a RT terá andado em viagens de família por Espanha e por França.
Em 2003 o marido deixa de conduzir o veículo devido a problemas de saúde. Durante os três anos seguintes a RT fica na garagem sem qualquer utilização.
Em 2006, o marido encontrava-se mal de saúde e a esposa decide que deviam vender o carro, pelo valor de cem mil escudos. Com a ajuda da sobrinha e do Grupo de Escuteiros da zona, são feitas rifas naquele valor. Foi também uma forma de dinamizar os jovens escuteiros para ajudar uma família a vender o carro. É um sobrinho que retira o veículo da garagem e o leva até à sede dos escuteiros para ser entregue ao novo dono que acaba de ganhar a RT na compra de uma rifa.
Neste momento ainda não se sabe a quem saiu em sorteio a RT - ainda aguardo mais informações provenientes de França, onde se encontra a única filha do casal.
Foi sem dúvida uma aventura comovente, tanto para mim como para esta senhora que atualmente mora sozinha e que chorou quando lhe prometi que quando a RT estiver restaurada, irei busca-la a casa e levo-a a dar uma volta.

Agora sim, a RT já tem pedigree.




sábado, 19 de outubro de 2013

Chassis

Passou um mês desde o último post e apenas me foi possível voltar à RT duas vezes (± 4 horas).
Na primeira sessão retirei o eixo traseiro (primeiras duas fotos) e na segunda sessão retirei o rodado frente esquerda (provavelmente terá outro nome).
Entretanto encomendei hoje o fundo da frente, que espero dentro de 2 ou 3 semanas, já esteja substituído.







quarta-feira, 18 de setembro de 2013

Decapagem do Chassis

Depois de mais de um mês de pouco tempo disponível para a RT, eis que surgem algumas novidades :)
Depósito e rodas fora.
dei início à decapagem do chassis. Vejam só este lindo aspeto (o meu, claro).




terça-feira, 13 de agosto de 2013

Caixa de Direção, Radiador e Motor

Para terminar a semana passada em grande, foi a vez da caixa de direção e do radiador serem removidos.
No fim de semana tive o prazer de conhecer pessoalmente um grande mestre das Renault 4L - o Filipe Peixinho, que teve a amabilidade de se deslocar até cá para visitar a RT!
Com uma grande ajuda do Filipe e de um "Owners Workshop Manual" que me emprestou, estudei de que forma poderia "desprender" os cardans do motor para o retirar sem danificar nem forçar nada.
E assim foi! Hoje, depois de um dia de trabalho, a minha terapia foi mais uma vez a RT :)
Removi os pinos de segurança que "prendem" os cardans ao motor e levei uma grande seca debaixo do carro a desapertar os parafusos dos dois apoios do motor que se encontram na parte de traz/baixo. Uma grande pincelada mesmo! Muito pouco espaço de manobra para desapertar os parafusos. Nem a chave lá cabia, nem a mão... Mas com muita paciência e com o meu pai a acalmar-me, lá saíram.
E pronto, MOTOR 845cm3 fora da RT.

Agora é virar o chassis de lado e começar a "raspar" por baixo!
NOTA :)
Esta semana li esta frase no mural do Facebook do Filipe Peixinho e fiquei fã:
"Dos 0 aos 100 em 5 minutos.... Mas com muito estilo!"